quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Principais temas da actualidade local


Sinto-me agora bem acompanhado. Corajoso, frontal, certeiro e oportuno, o padre Mário disse o que devia ser dito e no local mais adequado, quando nos areópagos políticos praticamente nada de substantivo acontece. Na Igreja de Santa dos Olivais, perante o presidente e o vice-presidente da edilidade. Que agora já não poderão dizer que é só má lingua. No normal exercício do seu múnus, o pároco da cidade foi claro: "Estamos num concelho cada vez mais pobre; caminhamos para a ruína. ... ...Partilhamos pouco, dialogamos pouco, comprometemo-nos pouco, trabalhamos pouco em conjunto..." No essencial, aquilo que aqui tenho vindo a denunciar há mais de dois anos, até agora sem qualquer resultado prático. Bem haja padre Mário!
Eu, se ocupasse alguma função política provida por eleição, numa cidade cujo pároco assim pregasse na minha presença, apresentaria a minha demissão nas 24 horas seguintes. Porque todos sabemos como estamos de governação local e para onde ela nos conduz, sem disso se aperceberem. Ou agindo como se. Mas há feitios e feitios.
Cuidado porém. A situação agrava-se de tal maneira e a tal ritmo que pode bem vir a suceder (oxalá que não!) algo de menos digno e de irremediável. Cidadãos há que perante tanta soberba, tanta sobranceria, tanta auto-suficiência, tanta indiferença fingida, se sintam atraiçoados por aqueles em quem votaram e resolvam passar à agressão justiceira. Seria lamentável, mas depois do mal feito...
Ainda em CIDADE DE TOMAR, destaque para a habitual colaboração de António Freitas, desta vez sobre o video da festa de 1929 e as contas da deste ano (página 2), bem como toda a penúltima página, que tem muito que se lhe diga.

O TEMPLÁRIO destaca a redução da actividade laboral do matadouro da CITAVES, devido à falta de encomendas. É mais um sinal preocupante, num concelho cujos autarcas insistem em não tomar medidas adequadas às circunstâncias, continuando a agir como se tudo fosse pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis. Prova disso é a outra notícia sobre a Feira de Santa Iria. No início disse-se que até havia mais feirantes, para agora se concluir que afinal era só fogo de vista.  Sentiram-se os efeitos da crise, tanto na quantidade como na qualidade da clientela.
Outro tema é a imperativa reforma das juntas de freguesia, que naturalmente os seus eleitos não desejam. O semanário dirigido por José Gaio ouviu os dois presidentes de junta das freguesias urbanas, que insistiram na sua utilidade, nem que para isso haja necessidade de as agregar a outras. Um pouco no sentido daquilo que já aqui escrevi anteriormente. Apenas duas freguesias no actual concelho. De um lado do rio, Santa Maria de Tomar, com a actual Santa Maria dos Olivais + sete. Do outro lado do rio, S. João Baptista de Tomar, com S. João + sete. A não ser assim, servindo-se do Nabão como limite administrativo natural, tarde ou nunca se conseguirá um consenso geral.
Há igualmente uma entrevista com o provedor da Misericórdia, Fernando de Jesus, e uma crónica de Sérgio Martins sobre o mesmo tema.
Noutra página, escreve-se sobre o 6º aniversário dos transportes colectivos urbanos, conhecidos por TuT, sem contudo focar o âmago do problema: Durante quanto tempo mais terá a autarquia meios para custear o défice anual superior a 300 mil euros = 60 mil contos? Ao contrário do que julgam os ilustres autarcas que temos, não é escamoteando os problemas, fazendo de conta que não existem, que surgirão soluções milagrosas. Há que conversar, dialogar, debater, saber ouvir, contra-argumentar, fundamentar, sintetizar, ceder. Governar, em suma!

1 comentário:

emege disse...

Volto a referi-lhe:
Quem defende essa ideia peregrina de duas freguesias para o concelho, desconhece em absoluto os monstros inuteis que estaria a gerar, e dificultaria ainda mais a já muito dificil vida dos tomarenses.

Mgil